O que interessa é chatear a malta

Bem, no seguimento desta brincadeira de mau gosto lançada por uma entidade pública digo-o com orgulho:

Hoje, não tenho orgulho nenhum em ser português, muito pelo contrário, tenho vergonha. Como se admite que uma entidade que supostamente devia ser respeitada aparece dois anos depois dos acontecimentos a propor o que propõe? Como se admite depois dos jogadores terem sido punidos, depois de terem estado jogos de castigo, depois de outras pessoas que fizeram coisas semelhantes terem passado impunes, como se admite que revoltem com tal coisa? Não me vou virar a benfiquistas, toda a gente sabe que a minha opinião é que o Benfica é o clube do estado e que a altura em que voltaram a falar neste caso é mais que oportuna, mas vou por isso de parte, vou apelar antes ao bom senso porque está na altura de realmente fazermos alguma coisa com a vergonha que é a nossa justiça nacional.

Agora se todas as agressões fossem sugeridas como prisão, nem quero saber o que se passava no futebol, provavelmente já todos os jogadores tinham sido presos e as ruas com certeza andam desertas.

Envergonha-me que numa altura em que se descobrem buracos enormes na Madeira, em que corruptos são presos e libertados no dia a seguir e continuam a roubar como querem e bem lhes apetece, e a única coisa que importa é o que se passou há dois anos em situações já decididas e devidamente punidas.

Pior que isso só um caso duma universidade onde foi roubado um urso de peluche que era a mascote dum curso e a PSP anda a investigar essa "brincadeira". Mas deixemos mas é os roubos e violações numa zona relativamente bem perto dessa universidade (5 KM) para outra altura. Porque o que interessa são as pequenas coisas, o que interessa é chatear a malta, tentar tapar a muita porcaria que vai no nosso país com coisas que não deviam interessar a ninguém.

É este o nosso país...

Que desastre miserável...

Já faz tempo que não me exprimo. Hoje regresso… Não deixa de ser curiosa a altura, depois de um empate do Futebol Clube do Porto contra o Feirense.

A verdade é que nos últimos três jogos que antecederam este, não houve muito a dizer, um Porto forte, como há muito (desde o ano passado) não se via, controlador, dominador, goleador até e com alguns jogadores em clara evidência. James, está claro e a muito boa estreia de Defour.

Hoje estou de volta e num regresso às críticas. Parece-me óbvio porquê. O Futebol Clube do Porto menosprezou o adversário e fez um jogo a pensar no Benfica. Deu 45 minutos de avanço ao adversário jogando a passo, porque sei lá, achavam que bastava acelerar para chegar ao golo.

Ao intervalo, surge o incompreensível, empate a zeros e sai o Kléber entra o Varela. O Porto passa a jogar sem um avançado fixo. A verdade é que o Porto atacou e fez o suficiente para chegar ao golo, prova disso as duas bolas na barra. Mas tenho que deixar a pergunta, porquê que não compramos outro avançado?

Parece-me mais que evidente que Kléber ainda está muito longe de um nível aceitável, e Walter não é uma aposta. Então se Walter não é aposta, porquê que não há ninguém para substituir? É incompreensível uma equipa nos dias de hoje, não tenha no mínimo duas opções de qualidade para cada posição, e o Porto pelos vistos não tem. Tem jogadores a mais para o meio campo, jogadores a mais para as alas, para o ataque? Jogadores a menos, ou nenhum se considerarmos que o Kléber é mesmo mau (acredito que ainda venha a surpreender).

Voltando ao jogo, afinal de quem é a culpa deste empate? Para mim, não há duvidas: Vítor Pereira! Se em jogos anteriores foi graças a ele que ganhamos, hoje foi claramente graças a ele que não o fizéssemos. Voltou a fazer coisas que ninguém percebe, foi ele que facilitou no onze que apresentou, notando-se acima de tudo que falta um trinco, ou Souza ou Fernando, não interessa, um deles tem que jogar, e isto para não acontecerem situações de contra ataque como hoje em que o Feirense só não marcou porque… Foram anjinhos!

Depois quando Guarín joga, há sempre um jogador a menos. Guarín, este ano, demora cerca de setenta minutos para entrar no jogo, para acordar, e hoje mais uma vez foi tarde. Não com resultados tão drásticos como contra o Barcelona, mas ainda assim drásticos.

Quanto a erros de arbitragens, parece-me que há alguns casos sim, o penalty a favor do Feirense, um penalty contra o Feirense e um amarelo também incompreensivelmente mal dado ao Mangala. Mas isso diz-me pouco, o que me diz é uma exibição absolutamente medíocre, de uma equipa que tinha obrigação de vencer só que menosprezou o adversário e pagou cara a factura cedendo os primeiros pontos no campeonato.

Como tal têm que ser pedidas explicações. Explicações ao treinador e à equipa, porque não se ganham campeonatos a pensar no próximo jogo, ganha-se campeonatos a pensar em todos os jogos, jogando sempre na máxima força e eu gostava de saber porque não o fizeram hoje? Não basta ganhar ao Benfica para ser campeão, porque só se joga com eles duas vezes em trinta jogos…

P.S: Tenho que reforçar a ideia de que se o treinador não acredita no Walter, porquê que não tem um avançado para substituir Kléber?  

Erros a mais, e uma taça a menos!

Todo o portista saberá que foi ontem a Supertaça Europeia, a mediática final da UEFA que opõe vencedor da Liga dos Campeões a vencedor da Liga Europa. Curiosamente a prova foi totalmente Ibérica que opôs as duas melhores equipas de cada país, Futebol Clube do Porto e Futebol Clube de Barcelona. Os dois clubes que utilizam o combate ao centralismo como força defrontaram-se num confronto épico e que ficará gravado na história dos adeptos de cada clube.

Não vamos ser hipócritas todavia, esta equipa do Barcelona é provavelmente a melhor equipa de sempre e que é a melhor do mundo na atualidade não há dúvidas. Se o Porto do ano passado pudesse ter algumas hipóteses, para o Porto deste ano a previsão não era boa. A equipa ainda está em construção, em crescimento, à procura da sua melhor forma e contra um Super Barça só uma super equipa seria capaz de vencer. O Porto não foi super, mas andou lá perto e em nada deixou má imagem. Vamos por partes.

Analisando o jogo, previa-se que o Barcelona entrasse mais forte, à procura do golo cedo para quem sabe intranquilizar o FC Porto e talvez mesmo, partir para o esmagamento que muitos portugueses previam, desejavam, ansiavam como forma de colmatar o fracasso dos seus clubes. Algo natural, procuram no insucesso do FC Porto a sua fonte de sucesso, doutra maneira pouco ou nada teriam para festejar.

Contudo, não foi isso que se passou, o Barcelona entrou a ter a bola, é normal, mas o Porto não se fez rogado. Extremamente organizado, extremamente competente, só faltou a eficácia. No final de 30 minutos oportunidades para o Barcelona foram zero, o Porto teve algumas, desperdiçou. Recordo, o Barça teve mais bola, mas não fez nada. O Porto teve cantos (todos mal batidos), teve remates, teve perigo, não teve felicidade. E quando a felicidade não aparece, aparece a infelicidade e Freddy Guarín que esteve a dormir em campo até sensivelmente cinquenta e cinco, sessenta minutos do jogo dá uma grande prova do que estava a fazer com um passe disparatado para trás. A bola vai ter com Messi que fica isolado e facilmente ultrapassa Hélton apontando o primeiro.

Se vencer o Barcelona já ia ser uma tarefa herculeana, então a dar-lhes os golos para eles marcar, passava a ser uma tarefa praticamente impossível. Mas há que não desistir. O Porto continuou organizado e controlador, com vontade, com garra. A defesa esteve irrepreensível, ganhavam todos os lances quer roubando a bola, ou conseguindo o fora do jogo. Não podia estar mais encantado. Era evidente que o Porto deixava o Barcelona procurar as alas e concentrava-se no miolo porque é por lá que eles criam perigo. Os cruzamentos espanhóis eram todos rapidamente aliviados e até Villa só teve uma oportunidade com a sua jogada característica de flectir para o meio que resultou numa defesa fácil do Hélton. Fora isso, o Barcelona era quase sempre obrigado a jogar para trás, porque o Porto estava realmente a defender bem e a pressionar. A pressionar alto até, notou-se dos constantes remates de Valdés para a bancada por ter sempre um avançado na pressão.

Na segunda parte, o jogo foi um pouco à semelhança do primeiro, e o Porto voltou a conseguir duas boas oportunidades de golo. Pelo meio fica um penalty evidente por marcar a favor do Porto aos oitenta minutos que podia igualar a partida e tudo poderia ser diferente. Fica também um lance duvidoso na área do Barcelona ao qual a Uefa não passou repetição, mas do qual também se reclama penaltys, e fica também uma dualidade de critérios escandalosa.

Eu entendo, não é fácil para um árbitro apitar contra o Barcelona, no entanto já está na altura de pelo menos apitar o Barcelona e não só o seu adversário. Depois de várias entradas mais ríspidas, e uma mão à entrada da área que impede um remate perigoso não serem alvo de amarelo, custa-me perceber o porquê de na primeira falta do Porto ter sido logo mostrado o amarelo ao Rodriguez etc. Obviamente que assim há expulsões, são expulsões fáceis de conseguir, basta ser falta para que o cartão seja mostrado, o Rolando foi um desses alvos apesar de não querer dizer que a expulsão foi injusta, porque não foi. A verdade é que o Barça fez faltas tão más ou piores e o quadro disciplinar ficou sempre limpo, para não falar da constante reclamação de alguns dos seus jogadores como Xavi, Iniesta, Villa ou Pedro que passou sempre impune.

O Barcelona é como referi, uma grande equipa, não é um Benfica, não é um Sporting, é a melhor equipa do mundo. Mas eu entendo. Da mesma forma que é complicado para um árbitro apitar contra o FC Porto e principalmente contra o Benfica em Portugal, também o é com clubes como Barcelona, Manchester United ou Real Madrid na Europa. Todavia, o Barcelona também se pode queixar de um lance em que Villa ficaria isolado, caso o árbitro tivesse dado a lei da vantagem. Dificilmente não fariam o 2-0, estando 2 para 1.

Ainda assim, acabo por ficar satisfeito pelo comportamento da equipa, como o treinador prometeu, jogou olhos nos olhos com esta grande equipa, infelizmente não tivemos melhor sorte o que seria extremamente importante.

Pode ser que esta derrota sirva para assentar os pés na terra e melhorar algumas das lacunas. Os jogadores do meio campo estão claramente em sub-rendimento e isto tem que mudar. Continua a falar um extremo de qualidade para se juntar à frente do ataque e um avançado. Kléber pode ser um avançado para o futuro, mas definitivamente não é um avançado para o presente. A prova disso é que o homem que tanto corre durante o jogo, parou de correr quando podia ficar isolado para Valdés. E falta também Belluschi em forma, porque Belluschi em forma é melhor que Guarín no ponto de vista de organização e de construção de caudal ofensivo, que é o que falta neste momento.

Mas que péssimo arranque...

Começou a jornada da liga, e felizmente tive a oportunidade de ver os três principais jogos da jornada. Não deixa de ser curioso que se registam nos três jogos erros de árbitros com clara influência no resultado.

Começando pelo primeiro jogo, obviamente o do Benfica com o Gil Vicente, destaco uma boa entrada dos encarnados muito possantes e ainda o primeiro golo do campeonato por eles apontado em fora do jogo. Resultado final dois a dois, justo tendo em conta aquilo que foi o jogo. O Benfica foi melhor na primeira parte, Gil Vicente deu sempre luta e foi extremamente competente e feliz na segunda.

Em Alvadade casos não faltaram. No jogo entre Sporting e Olhanense foram os algarvios os primeiros a marcar perante uma equipa de Domingos extremamente pressionante e batalhadora, mas muito pouca inspirada na finalização. Neste jogo ficam os erros de um golo mal anulado ao Sporting na segunda parte e um segundo amarelo por dar a um jogador de Olhão perto dos noventa minutos. Destaca-se também ainda a ingenuidade do árbitro que a ver a dura entrada de Jeffren na primeira parte sobre um jogador do Olhanense apenas o admoesta com o amarelo.

Relativamente ao jogo que mais interessa, o do Porto, destaco mais uma péssima exibição do campeão nacional. A fraca exibição foi ajudada por um Kléber que continua muito incompetente naquilo a que finalização diz respeito falhando por três vezes na cara com o guarda redes.Também Hulk claramente a dormir voltou a estar apaixonado pelo individualismo. Já Varela perdeu a bola sempre que a teve, não acrescentando nada de útil ao jogo. Tudo isto juntando-se a uma defesa desconcentrada, valeu Hélton, mostra um Porto ainda a necessitar de muito trabalho e acima de tudo paz no que a mercado de transferências diz respeito.

Quanto ao árbitro, tudo começa com a falta de dualidade de critérios, mostrar um cartão amarelo a Moutinho depois de perdoar dois a jogadores do Guimarães por entrada grosseiras não se percebe. Não se percebe mais ainda quando é marcado um penalty inexistente, depois de ter deixado passar um sobre Hulk sinceramente que me parece bem mais evidente.

Em suma, o campeonato nacional não podia começar da pior maneira. Entre jogos pobres e más arbitragens, ainda há muito que tem mudar a começar pelo muito fraco campeão nacional…

Uma taça muito mal ganha...

O presságio era mau. O jogo contra o Peñarol provou que este FC Porto estava longe da qualidade demonstrada o ano passado, apesar da vitória. Contra o Lyon já foi diferente, o Porto mostrou qualidade, garra, faltou marcar e perdeu com erros defensivos.

Hoje iniciou-se a época desportiva oficial diante do Vitória de Guimarães e apesar da vitória e de mais uma taça para o currículo, o rescaldo final não podia ser mais que negativo.

A equipa entrou forte e decidida na partida e dai resultou um golo bem madrugador de Rolando depois de uma bela jogada de João Moutinho e Hulk. A partir daí foi o descalabro total.Tiraram logo o pé do acelerador (aos dez minutos) e começaram a deixar o Vitória de Guimarães jogar que foi crescendo ao longo do jogo até chegar a um merecido e previsível empate. A equipa estava a dormir em campo e o lance desse golo foi o espelho daquilo que se estava a passar, a defesa ficou parada a dormir enquanto a bola entrava. Nada mais simples!

Não foi pelo empate que o Porto melhorou, o jogo continuou acima de tudo extremamente fraco, e valeu a bola parada e mais um golo de Rolando para nos colocar novamente em vantagem. A partir dai, até ao final mais do mesmo. Um jogo muito fraco, um Porto muito fraco, um Guimarães lutador, mas sem ideias.

Pelo meio ficam alguns casos polémicos a prejudicar sobretudo o Futebol Clube do Porto, onde marcam presença para mim, pelo menos dois penaltys que ficam por assinalar. Um sobre Hulk e outro sobre Ruben Micael.

Não podia deixar também de destacar as opções táticas de um treinador que coloca aos 65 minutos dois jogadores com quatro treinos. Destaco ainda mais quando essas substituições servem para colocar um ponta de lança a jogar a extremo. Tal mais só se agrava quando sai João Moutinho para entrar Belluschi, e Kléber continua a fazer de extremo. Incompreensível? No mínimo, principalmente quando Djalma fica no banco!  

Passaram-se coisas estranhas nesta partida e este FC Porto está longe de estar perto de um nível aceitável principalmente quando vamos pegar nas palavras do treinador que diz que iremos estar perante uma época de sucesso.

A verdade é que no ponto de vista de títulos não podia começar melhor, todavia com muito pouco brilho. Posso dizer que neste momento estamos claramente abaixo do nosso principal rival, Benfica em termos de forma, e que não podemos dizer que somos favoritos para alguma coisa. Que se faça mas é pouca festa, e se trabalhe muito que é bem preciso!

Que noventa minutos mais mal gastos… Foi bem melhor de tarde a Supertaça entre o City e o Manchester! 

O olho continua...

Está cada vez mais provado que o Porto tem um bom olho para os avançados. Parece impressionante, mas a facilidade com que o Porto arranja alternativas para o centro do ataque é de louvar. 

Ninguém se esquece e dificilmente se esquecerá de Falcao, um dos melhores avançados do mundo atualmente com uma qualidade e uma veia goleadora fora do normal. Um sonho de jogador com que qualquer equipa gostava de contar, e nós adeptos do FC Porto tivemos a oportunidade de contar com ele durante duas épocas pelo menos.

A verdade é que se ao início estava preocupado com a sua venda, e ainda estou, pois não quero que ele saía, também não deixa de ser verdade que apesar de ainda ser cedo já parece que temos um substituto à altura. 

Ontem mais uma vez, diante do Peñarol ficou provado que Kléber está aqui para dar luta e garantir um lugar na equipa. Alto, rápido e acima de tudo extremamente lutador, Kléber não dá um lance por perdido, motivo que já o levou a marcar o grande número de golos que marcou e a falhar outros tantos ou mais. Um jovem jogador com um futuro promissor que sem dúvida que irá dar muitas alegrias aos seus adeptos, é só melhorar a finalização.

Fernando Gomes, Domingos, Mário Jardel, Benni McCarthy, Lisandro Lopez, Falcao e agora Kléber serão certamente jogadores que já deixaram ou ainda vou deixar, o bom olho para avançados continua...

Quanto ao jogo de ontem, estive presente no estádio e fiquei algo reticente com a partida. O Futebol Clube do Porto já não segue tanto aquela linha de posse do ano passado e preocupa-se mais com movimentações atacantes um pouco mais à semelhança do Benfica de Jorge Jesus. O que acontece? Muitas vezes vemos os jogadores a correrem para a frente sem grandes ideias. Jogam demasiado em esforço algo que não me agrada. É esperar para ver o que vai sair daqui para a frente, mas ainda há muito trabalho pela frente e temos mesmo que melhor, porque apesar do três a zero diante do Peñarol o jogo foi quase sempre muito aborrecido perante uma equipa pacata que apenas veio fazer número.

Destaco novamente a vontade de Kléber, a raça de Atsu e a brilhante jogada de Kélvin para o terceiro golo que fez as delícias dos adeptos. Destaco também Hulk, cada vez mais forte a desequilibrar, ainda que teime, pelo menos nesta pré-epoca a preocupar-se mais com o bonito que com o eficaz, deixando muito a desejar em dois lances onde podia ter feito o golo. Já Djalma parece que nem entrou na partida, recordando apenas de tocar uma vez na bola. 

Fica no entanto o reparo para uma exibição pouco agradável do árbitro Jorge Sousa com vários erros a prejudicar o Futebol Clube do Porto. É caso para dizer que começa bem a época, mas antes num amigável que no campeonato.

P.S: Walter está exageradamente gordo, todavia também marca! 

Porto 2011/2012

É já no próximo domingo a apresentação oficial do Futebol Clube do Porto aos seus adeptos para a nova época. Apesar de ainda existirem algumas indefinições, a base já está montada para uma época que se espera de sucessos agora sobre a alçada de Vítor Pereira.

Mesmo acreditando que até ao final de Agosto possam acontecer algumas movimentações no mercado, temos visto ao longo desta pré-época que temos muitas e boas soluções para todas as posições.

A começar pela baliza temos três guarda-redes com capacidades para serem titulares em qualquer clube da primeira liga portuguesa. Estando à partida o lugar entregue ao nosso capitão Hélton, ficam duas posições para preencher. Em principio Beto irá rodar ficando Bracalli e Kadú.

Já nas laterais voltamos a contar com muitas e boas soluções. Fucile e Sapunaru prometem luta acesa pela titularidade do lado direito, no esquerdo em princípio o lugar está entregue a Álvaro Pereira, mas Emídio Rafael deu provas de qualidade antes da lesão Também Fucile tem provado esta pré-época novamente que joga melhor no lado esquerdo que no direito, o que não deixa de ser curioso. Além disso, para ambas as laterais poderão estar a chegar Danilo e Alex Sandro, duas jovens promessas que também prometem lutar por um lugar no onze. O que quererá isto dizer? Estará algum dos laterais de saída?

Na zona central do terreno é que as coisas estão mais certas. Rolando e Otamendi deverão fazer uma dupla tendo como opção Sereno e Maicon. Todavia também nesta zona não faltam rumores, desde entradas e saídas, todos os dias algum jornal vende Rolando e trás um central novo. Coates ou Felipe Lopes são os mais falados.

Mais para a frente do terreno temos como sempre muitas e boas opções. Para a zona mais recuada do terreno Fernando assume-se como o principal candidato. Fica no entanto a dúvida se ele ficará na equipa para esta época. À partida tudo indica que sim, mas aquelas declarações no final da época passada não caíram bem. Souza apesar de tudo ainda não me parece ter capacidades para o substituir, podendo surgir aqui um buraco caso ele saia, uma vez que os outros médios, Castro, Guarín e Moutinho, apesar de poderem jogar nessa posição já mostraram várias vezes que podem ser mais úteis em posições mais avançadas no terreno.

E é seguindo as posições mais avançadas do terreno que surge aqui o grande problema, e problema como quem diz, para o treinador. Em princípio deverá iniciar a época a titular Ruben Micael e Moutinho. Isto porque Belluschi ainda apresenta algumas deficiências físicas e Guarín ainda está de férias por causa da seleção. A verdade é que mantendo este meio campo de luxo e indo contra os rumores da venda de Moutinho mais cedo ou mais tarde, o treinador terá aqui uma decisão complicada, mas muito agradável para resolver. Uma coisa é certa, naquele meio campo todos os dias se prova que será Moutinho e mais um. E isto para não referir que Defour está cada vez mais fortemente apontado ao nosso clube.

Nas posições mais adiantadas do terreno, chovem soluções. Também aqui há uma garantia, será Hulk e mais dois. Christian Atsu, um jovem miúdo tem revelado qualidades e não será estranho caso acabe por ficar no plantel. Christian Rodriguez parece cada vez mais certo que voará por outros ares. O problema como disse, é quem ocupará a ala esquerda do terreno. Varela está na frente. A pergunta é, será a melhor opção? Gosto bastante mais de James Rodriguez, um jovem com um talento extraordinário que na minha opinião ia ganhar a titularidade. O mundial vai atrasá-lo mais uma vez! Além destes ainda temos Djalma e Kélvin e claro está Iturbe que também não vai beneficiar com a sua ida ao mundial o que atrasará a sua integração na equipa. Jogadores a mais para duas posições. Tenho apenas pena porque duas delas que parecem ser muito válidas não estão a fazer a pré-época com a equipa.

Já para o centro do terreno e enquanto a novela Falcao se vai arrastando, Kléber tem dado garantias mostrando veia goleadora e muita qualidade. Já Walter começou bem, mas parece cada vez mais estar a perder terreno. Não gostará o brasileiro de trabalhar? Ou simplesmente desmotivou quando começou a sentir que passaria para a terceira opção?Todavia, caso o nosso voador fique, dificilmente alguém lhe conseguirá tirar o lugar, e também neste caso tenho pena de ele ainda não estar a trabalhar com a equipa.

Em suma, nesta pré-epoca deu acima de tudo para perceber que as bases se deverão manter, e caso não haja grandes movimentações do mercado podemos ter fortes aspirações. Não acredito contudo que elas não venham a acontecer. Creio que destes quatro, Falcão, Moutinho, Rolando e Álvaro Pereira, pelo menos um sairá até ao final de Agosto, quiçá outros! Apostando num, será Álvaro, até porque senão, Alex Sandro não fazia sentido.

Deixo no entanto o desejo do plantel 2011/2012 que gostava de ver:

Hélton, Bracalli, Kadú (Beto merece jogar mais)

Sapunaru, Fucile, Álvaro Pereira, Emídio Rafael

Rolando, Sereno, Maicon, Otamendi

Fernando, Castro, Guarin, Belluschi, Moutinho e Ruben Micael, Danilo

Hulk, James Rodriguez, Varela, Iturbe, Christian Atsu

Falcao, Kléber e Walter

Lamento apenas a falta de portugueses…

P.S: Não faltam à apresentação domingo, vai ser uma grande festa e os jogadores e equipa técnica merecem sentir que os adeptos estão com eles desde inicio!